luminárias
pitanga
exposição
véio
fotografia marco antonio
fotografia marco antonio
assombro
andar principal (1M)
nação lascada
andar intermediário (1S)
fotografia marco antonio
fotografia marco antonio
fotografia marco antonio
fotografia marco antonio
museu do sertão
último andar (2S)
cortes piso assombro
andar principal (1M)
véio
exposição
Com curadoria de Carlos Augusto Calil e Agnaldo Farias, por ocasião do Prêmio Itaú Cultural 30 anos, a exposição foi a maior mostra já feita do artista Véio, com quase 300 obras distribuídas em cerca de 930 m².
Construiu-se um espaço em diálogo com as obras, um espaço fluído, sinuoso, sem arestas, submerso em cor. Um espaço-cor para receber a vigorosa obra do artista Véio - espaço em oposição a um campo pretensamente neutro. O amarelo, cor predominante da cenografia, foi escolhido com o intuito de produzir contraste com as cores das obras e, assim, destacá-las. Além disto, o amarelo e o laranja evocam a atmosfera do sertão, a luz do sertão.
Com 3 andares, a mostra tinha um percurso sugerido. Iniciava-se pelo andar principal (1M) chamado Assombro – neste andar estavam as obras mais abstratas, de grande impacto visual e escala. Era uma grande praça que, propositadamente, convidava a uma visão de conjunto, em uma referência ao ateliê do artista, em que as obras estão todas juntas.
O segundo andar (1S) chamado Nação Lascada, apresentava ainda a continuação das obras majestosas presentes no Assombro, além de 2 coleções mais intimistas. Pé direito baixo, piso roxo, cores mais fechadas traduziam esta qualidade mais introspectiva. Uma das galerias apresentava miniaturas de esculturas de madeira crua, sem pintura, e a outra uma coleção de figuras sombrias, que o artista chamou de “Os ‘cão’ do meu inferno”. Esta segunda galeria - um túnel roxo escuro com nichos vermelhos, dramaticamente iluminados - transmitia a densidade destas esculturas.
No último andar (2S), encontrava-se o Museu do Sertão – nome dado pelo artista à sua coleção particular de objetos cotidianos, típicos do viver do sertão. Havia também um amplo espaço com projeções simultâneas de documentários em telas enormes e algumas poucas obras do artista. Neste andar, as paredes tinham textura de terra, cor de terra - tudo era mais rústico, uma imersão mais literal no universo do sertão.
Em arquiteturas em que a cor é um elemento fundamental da linguagem, a iluminação é igualmente importante. As cores só existem pelo que as torna visíveis – a luz - assim, a iluminação tem papel de destaque. O projeto luminotécnico, desenvolvido pela arquiteta Fernanda Carvalho, se alinhava às intenções do projeto e trazia dramaticidade em alguns momentos e clareza e definição das cores e volumes, em outros.